segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Trilogia Sangrenta!


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Dr. Walker/ Zem/ Hutguer/

Machado, lona e alvejante...

18 horas e seis minutos.

Leila:
Bela porcaria! Um machado! Aonde eu vou conseguir um machado a uma hora dessas? Filho da puta! Saio do sobrado em direção ao centro. Tenho certeza de que estou com cara de suspeita! Se eu for presa deduro aquele imbecil no mesmo instante! E essa porcaria de igreja? Sempre odiei igrejas! É só entrar numa que lá está aquele puto pendurado na cruz! E me olhando com a cara de quem quer me comer! Bicha de merda! Se servisse para alguma coisa me faria tropeçar num machado! Maldita cidade! E essa merda de bar aqui na esquina? O nome já diz tudo: “Esse Ki não”!
Ele deve estar me culpando! Provavelmente está lá, se sentindo um coitado, como se não tivesse culpa alguma! Fumando um cigarro atrás do outro, como todo imbecil quando não sabe o que fazer. Cadê meus cigarros? Eu realmente preciso fumar. Será que um cigarro me deixará com a cara ainda mais suspeita? Que se dane! Estamos fodidos mesmo! Grande idéia a de me mandar comprar essas porcarias! Como é que vou entrar numa loja com essa cara e pedir um machado e uma lona? Maricas! Porque não veio ele comprar? Porque é uma bicha! Não tenho dúvidas disso!
Picar a merda do cadáver do Rui. Só podia ser idéia daquele estúpido! Será que ele faz idéia do trabalho que isso vai dar? Aquele corpo gordo e nojento! Deveríamos era dá-lo para os cães comer e sumir logo daqui! Foi dele a idéia de eu usar essa roupa de puta. “É para distrair os clientes”, disse ele. Pois iria distrair bem mais se enfiasse essa minissaia e esta meia calça ridícula naquele pançudo nojento! Eu mesma vou tratar de picar aquele saco de graxa. Nem que seja com um canivete.
Preciso achar um lugar para comprar essas merdas todas. Os homens passam e me olham como se eu fosse uma piranha. Malditas roupas! Que se fodam! Esses brochas de merda, indo e voltando do trabalho como se estivessem fazendo uma grande coisa das suas vidas. Se eu trabalhasse não precisaria picar corpos. Mas eu prefiro os cadáveres a ser uma vendedora de roupas e ficar perguntado para as cadelas desta cidade “você já foi atendida?” Nunca farei isso! Prefiro os cadáveres a ter de ser gentil com gente morta que ainda respira.
Caminho em direção ao calçadão. Deve haver uma merda de loja onde possa encontrar essas porcarias! Começo a perceber que cada vez que passo por alguém acabo baixando o rosto. Porra! Cabeça erguida! Esconder a face faz com que as pessoas olhem mais para mim. Tento manter certo controle e evitar pensar em tudo que aconteceu nos últimos minutos. Mas não dá. Filho da puta! Age como se alguém o tivesse nomeado chefe de alguma coisa! O Don Corleone das Missões! Não passa de uma bicha enrustida, o fato dele não tirar os olhos de minhas pernas não o tira desta condição! Puto de merda!
Sigo pela Marquês. Caminho rápido. A porra da sensação de que todos me observam não sai de mim. E devem estar olhando mesmo! A esta hora já deve ter saído no rádio. São uns abutres que vivem da carniça alheia! Devem estar procurando uma loira vestida como uma puta! Malditas roupas! Acho que vou fugir. Deixo aquele bosta com a porcaria daquele defunto e dou no pé! Ele que se foda!

Machado,lona e alvejante... (II)
Crimes de minissaia.

18 horas e quinze minutos

Assim que soube do assalto e do assassinato corri para a cena do crime. Quando entrei na padaria pedaços de massa encefálica e sangue adornavam os azulejos da parede e do piso. Pobre mulher, ainda segurava o bolo em suas mãos, sentada, com um buraco na testa e os miolos espalhados na parede. O rapaz do caixa estava deitado atrás do balcão, segurava um revólver, os olhos procurando Deus. O guarda pó branco tingido de vermelho pelo sangue que jorrou do seu peito. Levou seis tiros a queima roupa. O rastro de sangue não deixava dúvidas, deveriam estar por perto. Testemunhas disseram que estavam em três, um homem gordo, balofo mesmo, que não parava de suar e com cara de retardado, o outro homem aparentava ter uns 35 anos, trajava uma camiseta branca do Velvet Underground, cara de psicopata, foi quem atirou sem piedade no caixa, depois que este atirou no balofo. O terceiro bandido era uma mulher loira, mais oxigenada que loira. Vestia-se como piranha, dessas que ficam pelas ruas à noite tentando ganhar algum dinheiro em troca de uma chupada. Pelo que o taxista falou, usava uma minissaia que mal dava para tapar a bunda. Não seria difícil para mim, que conhecia cada palmo daquela cidade e cada beco fedorento, localizá-la. Era apenas questão de tempo.
Aquele era meu último crime depois que retornei à cidade, vinte anos depois. Estava deixando a polícia para me dedicar à arte de escrever. Estava cansado daquela vida. Gostava de ser policial, mas meu tempo esgotou-se, meu sistema nervoso já não obedecia mais. Tentava agora reviver um pouco o passado, colocar as idéias no lugar e começar uma nova vida, longe dos becos. Passei minha adolescência toda perambulando pelos cantos e recantos de San City. Pela Av Brasil, com seus ipês, pela lomba da Sete de Setembro, pela Praça da Matriz, onde gostava de ficar atrás dos pilares da entrada da catedral, dando um amasso e fodendo aquelas putinhas de nariz empinado que freqüentavam o Clube Gaúcho nos finais de semana. Por um instante a nostalgia tomou conta de mim, vendo aquela praça com seu aquário. Gostava de ficar olhando as tartarugas tomando sol nas tardes de verão. Cutucar os jacarés sem que o guarda percebesse. Também era meu refúgio quando matava aula no Augusto. A cidade havia mudado bastante nesses vinte anos. Quem diria que os crimes sairiam da Castelarim para invadir o centro?
O pipoqueiro me contou que viu uma loira com ar de suspeita descer pela Marquês do Herval. Estava andando apressada, baixava o rosto sempre que passava por alguém. Não perdi tempo e saí correndo em direção ao centro. Deixei o carro estacionado na esquina da Av Brasil com a Marquês e comecei a caminhar vagarosamente, olhando as vitrines, fingindo ser um turista. Desses que viajam trocentos quilômetros para ver um amontoado de pedras inúteis, erguidos com o sangue dos Guaranis. Passei pelo cinema e fui descendo em direção ao calçadão, misturado à multidão que passava apressada, absorta em suas intimidades.
Em frente ao jornal A Tribuna eu parei por instantes, para admirar um chapéu numa vitrine. Bendita hora. Entre bolsas, pochetes e chapéus pude ver aquelas coxas mal tampadas pela microssaia de couro. Ela olhava uma bolsa. Mulheres, só servem para foder mesmo e gastar nosso dinheiro com bolsas. Ascendi um cigarro e fiquei observando. Até que dava para comer aquela vadia. Não fosse meu trabalho. Fico imaginando aquela coisinha branca empunhando uma arma, sexy, mortal. Não contive a ereção. Armas e mulheres sempre me atraíram, principalmente as loiras. Maldito serviço.
Levei um choque quando repentinamente ela se virou e percebeu que eu admirava sua bunda. Me fitou com aqueles magníficos olhos azuis e veio em minha direção. Meu coração disparou, senti as pernas fraquejarem um pouco, esboçando uma tremedeira. Meu Deus, a vontade que tinha era de pegá-la no colo e sumir daquela cidade. Deixei cair o cigarro. Caralho! Fazia tempos que não ficava daquele jeito. A última vez foi quando vi a Camila pela primeira vez, parada na beira daquela rodovia. Pensei que estivesse curado.
Parou na minha frente e olhou no fundo dos meus olhos. Você tem um cigarro, disse ela. Aquela voz suave penetrou em meus ouvidos como a brisa do mar balançando os pêlos de meu peito em um entardecer à beira mar. Eu não sabia se alcançava o cigarro ou dava-lhe um beijo. Babaca é o termo exato. Como posso me deixar levar por emoções fúteis? Sou policial e minha obrigação, meu dever é acabar com essa raça de desajustados. Não consegui falar, apenas acenei a cabeça indicando um sim idiota. Claro que tinha, não apenas um cigarro, meu corpo todo e até minha alma estavam à disposição daqueles lábios pintados de batom.
- Você parece não ser daqui. Tem cara de turista. Está de passagem? Dizia ela enquanto colocava o cigarro entre os lábios.
- Sim. Não. Bem, quer dizer, é que. Roberto, meu nome é Roberto, e o seu? Foi o máximo que consegui retrucar. Idiota de merda, babaca, me odiava cada vez que isso acontecia. Não sou homem de ficar sem reações diante de uma puta, ainda mais uma puta assassina. Minha boca estava seca, precisava urgentemente de uma bebida, qualquer coisa, até mesmo querosene.
- Leila.
- O quê?
- Leila. Meu nome. Muito prazer. Você está bem?
- Ah! Sim. Claro. É que. Estou sim, quer dizer, não estou. Na verdade minha garganta está irritada, preciso tomar alguma coisa, refrigerante, cerveja, uísque, até querosene serve. Deve ser a poluição. Você conhece algum lugar aqui onde possa. Bem, água.
- Você me faz rir. Conheço sim, logo ali, na esquina de cima. Eu te acompanho, você não me parece bem.


Machado, lona e alvejante... (III)

18 horas e 36 minutos:

Leila estava atrasada. Eu caminhava de um lado para o outro e o maço de cigarros estava quase no fim. Assaltar aquela padaria em frente ao cinema não me pareceu uma boa idéia desde o início. Em pleno centro da cidade, numa rua de mão única, era óbvio que daria errado! O som tocava o disco White Light Hhite Heat, do Velvet Underground, o que só contribuía para a minha a aflição. Tirei o disco, mas o silêncio também me incomodava. Acendi outro cigarro e fiquei olhando pela janela, para ver se aquela vadia aparecia. Nada... Deveria ter chegado há vinte minutos e já se passaram trinta. Piranha de merda! É isso que dá chamar uma mulher para este tipo de trabalho! Elas são instáveis, imprevisíveis, como eu pude aceitar isso?! Era óbvio que daria errado! Uma vadia com uma arma na mão! Pode ter coisa mais perigosa do que isso? Se eu quisesse desenhar uma cena em que tudo vai dar errado, era só desenhar uma puta armada! Merda na certa! Só servem para foder mesmo! Só para isso! Meus pensamentos eram uma mistura de confusão com desespero. Sozinho naquele sobrado, em frente ao Clube Gaúcho. Acendi outro crivo e olhei para o chão. Lá estava o corpo de Rui, cravejado de balas. Merda! Rui era meu amigo desde sempre, andávamos sempre juntos, metidos em maracutaias, se encontrassem seu corpo, certamente chegariam até mim, e por tabela na vadia da Leila! Precisávamos nos livrar daquele corpo, e primeira idéia que tive foi a de fatiá-lo em pedaços e soltá-los em diferentes pontos do rio Ijuí. Eu nunca fui um anjo, mas jamais havia me envolvido em mortes e coisas do tipo. E aquela puta que não chega! Será que fugiu! Não! Ela é muito burra para isto. Voltei a ligar o som. Aquele silêncio só servia para que eu ouvisse os meus pensamentos com maior clareza, e isso, naquela situação, não era nada bom... Acendo o último cigarro e vou para janela. Nem sinal de Leila. Puta vadia! Olho para as janelas do sobrado. São janelas enormes. Essa porra deve ter uns 100 anos! Começo a observar as coisas ao meu redor. Na minha frente, do outro lado da rua está o clube Gaúcho. No mesmo instante lembro-me dos bailes e boates de um passado já distante. Sempre cercado por drogas e amigos inúteis, como na música do Lobão. Nestes 35 anos de idade, nunca fiz nada que preste! Olhando na minha diagonal está a praça, e lá atrás as torres da igreja. Nunca entendi a ânsia por turistas desta maldita cidade. Quem é que vai viajar “trocentos” quilômetros para ver uma réplica? Ninguém pode ser tão idiota a ponto de sair de uma cidade, ir até outra e para ver o quê? Uma porra de uma réplica! Eu realmente não entendo! Espicho o olho na direção da rua para ver se enxergo Leila. Filha da puta! Será que a piranha me deixou na mão? Não podia demorar tanto! Era só comprar um machado, uma lona, alguns sacos e alvejante, para podermos fatiar o cadáver do Rui e limparmos a sujeira, mas já haviam se passado 40 minutos! Aquela puta loira com cara de chupadora de pica deve ter parado em alguma loja para experimentar um vestido! Mulheres! Só servem para foder mesmo! Só para isso e nada mais! Eu estava realmente furioso com Leila. Era para ser um trabalho limpo, entrar, pegar a grana e sair. Como fomos imbecis! Dar uma arma para uma mulher! O cúmulo da burrice! Logo que entramos na padaria, a situação estava toda a nosso favor, até que a porta da cozinha se abriu e de lá saiu uma mulher carregando um bolo. Uma merda de um bolo! A piranha loira não teve dúvidas: explodiu a cabeça da cozinheira! Malditas mulheres! A bicha que estava no caixa puxou um trabuco e deu dois tiros em Rui. Eu tive de matar aquele maricas de bosta, e saímos os três correndo, Rui chegou aqui ainda vivo, mas morreu logo depois. Agora estamos sendo procurados, sem dinheiro, com um cadáver para fatiar e a piranha resolveu passear pela cidade! Eu sabia que quando Leila chegasse eu teria de segurar a minha raiva, pois iria precisar dela, para picar aquele maldito corpo, então aproveitava para esbravejar sozinho, mas o tempo estava passando, e a vaca não aparecia...

Machado,lona e alvejante(IV)
Escolha sangrenta!

18 horas e quarenta e dois minutos,

Ele sempre fez as escolhas erradas. Desde o início. Primeiro demonstrou empolgação com a a excêntrica família que apareceu no orfanato para adotá-lo. No novo lar a mamãe vivia no mundo das novelas Globais, enquanto papai colecionava armas de todos os calibres em um porão também usado para esconder e usar um outro arsenal, o de apetrechos sado masoquistas, onde por acidente, ou mais propriamente azar, certa tarde chegou mais cedo da escola e foi buscar uma bola que havia deixado no local. Papai levou um susto ao avistá-lo parado na porta. O homem estava preso pelos pulsos e cabeça em uma espécie de guilhotina e por trás era sodomizado pelo jardineiro.
A partir daí os espancamentos para mantê-lo em silêncio tornaram-se freqüentes até fugir de casa e cair na delinqüência. A FEBEM foi uma conseqüência em poucos meses. Saiu ao completar a maioridade e foi novamente adotado. Desta vez escolhera um velho pederasta que era extremamente ciumento. Seus impulsos o direcionavam as vadias da zona do meretrício, mas tinha de se contentar com aquele rabo peludo, o qual lasseou por cinco anos. Terminou quando desferiu uma facada e saiu do apartamento do protetor levando cinqüenta reais e um aparelho de videocassete. O velho sobreviveu e ele puxou três anos de prisão.
Ao sair reencontrou o Cale, velho amigo que morava em frente à casa dos pais adotivos que sempre flertou com o submundo e fora expulso de casa. Uma sociedade implícita começou. Pequenos furtos, cosméticos em mercados e remédios controlados nas farmácias embalados por muito rock clássico e alternativo no buraco mofado em que moravam. Escolhera o Cale como seu irmão.
Agora estava ali, com enorme barriga virada para cima, furada e jorrando sangue aos borbotões. Na mão esquerda, a metade de três dedos foram arrancadas com outro disparo. Merda, merda! Fora o atestado de burrice e amadorismo aquele assalto à padaria. Ainda mais com aquela vagabunda com o QI de uma minhoca junto. Tinha sido instruída a não atirar em hipótese alguma. E fez justamente o contrário. Cretina.
Por causa dela o magrão do caixa o atingiu. Sorte que não caiu e retrocedeu junto aos outros dois. Como chegou arrastado até o sobrado não lembrava claramente, pequenos flashbacks e as pessoas olhando aterrorizadas era o que restara na cabeça. Apagou logo que chegou no esconderijo. Quando voltou a si, não conseguia falar e o abdômen parecia tomado por minúsculas navalhas que o dilaceravam por dentro a qualquer mínimo movimento que fazia. Escutou a parte da conversa onde Cale pediu à vadia da Leila conseguir algum machado e lona. Iam picá-lo inteirinho! Malditos. De novo outra escolha errada. Cale já havia dado mostras em outras ocasiões da paranóia que era tomado em situações de stresse e falta de qualquer compromisso com o laço que os unia. Nada surpreendente. Agora que estava ferido Cale ia esquartejá-lo. Playboyzinho de merda. Quantas vezes havia interferido em tretas com traficantes conhecidos e livrado a cara do pilantra. Era o poder da xoxota. Só podia ser. Depois que arrumou aquela putinha, que também era uma renegada pela família, as coisas mudaram radicalmente. Cale queria que ela também participasse dos planejamentos. Palhaço! Se soubesse quantas vezes havia comido a puta enquanto ele descia aquela grande cabeça cornuda nos becos e bocas de fumo não daria tanto status à cadela!
Com os olhos semi-cerrados viu Cale andar nervosamente de um lado para outro da sala, um cigarro atrás do outro, ligando e desligando aquela porra de som do Velvet Underground. Puto desgraçado.
Mas teriam uma amarga surpresa, os pilantras. Não afundaria sozinho. Agora a música era The Gift, lembrou que era uma de suas preferidas.
O final daquele ato cabia a ele e ninguém mais. Tantas escolhas erradas ao longo de trinta e sete anos, pelo menos o ato derradeiro devia ser acertado. Gemeu alto, mas um gemido rascante, como que vindo do inferno de Dante. Cale se assustou e virou-se sobressaltado da vidraça onde estava controlando a movimentação da Marquês. Parecia extremamente surpreso. Aproximou-se em passos lentos e se ajoelhou ao lado do volumoso corpo. "-Rui! Você tá vivo,cara!".
Traidor de merda!
A pequena Bereta que sempre carregava no bolso interno da jaqueta de couro, surgiu fumegante em sua mão esquerda, que apesar da falta de pedaços de dedos, conseguira encaixar a arma na mão e desferir um certeiro tiro no peito de Cale, que o fitava incrédulo, como se não fosse com ele que aquilo estivesse ocorrendo. A vistosa banana, capa de um álbum famoso dos anos sessenta estampada na camiseta de Cale tingiu-se de um rubro vivo e viscoso...

Machado,lona e alvejante... (V)
Velha vida nova !

23 horas e quarenta e cinco minutos

A estrada estava praticamente deserta, uma que outro veículo passava por mim. Leila, com um sorriso nos lábios segurava minha mão que segurava sua coxa. Enquanto dirigia, cantarolava, junto com o radio, uma velha canção dos The Beach Boys... Wouldn't it be nice if we were older…Then we wouldn't have to wait so long…

15 comentários:

João Bahea disse...

Adoro esses contos...

Fazem quem lê ficar dentro da história!

Parabéns!

Anônimo disse...

Uuuuhhhuuuu!!!! And wouldn't it be nice to live together in the kind of world where we belong.. You know it's gonna make it that much better when we can say good night and stay together...

Pedro Prado disse...

Heeey.....Amei esse conto....Gostei msm!!
=)

Karina Kate disse...

Que conto mais tenso hein... cheio de criminalidade e linguagem xula. bom mesmo

Karina Kate disse...

Fora a foto que também nos faz imaginar os personagens da história! ;)

xis. disse...

Caramba! Acho muito legal esse tipo de história. É de sua autoria? Está de parabéns pelo blog.

Estou te seguindo, abraço!

Diário de um Civil disse...

Muito boa e intrigante,parabéns espero continuação

Anônimo disse...

Subversão total esse conto... muito louco... adorei!!!.... Rs.... Valeeeeeeeeeeeu!!!

Ana ® disse...

Muito bom :)
Só achei que poderia ser mais dividido, ou melhor, mais encurtado.. :)

Unknown disse...

Eu achei legal,mas diminuiria a quantidade de palavroes e encurtaria um pouquinho,ou dividiria em mais paragrafos pra leitura ficar mais facil,mas o conto em si e' bem legal !

;)

Humberto Camargo disse...

Muito bom, só poderia dividir um pouco para não ficar muito extenso.

arash gitzcam disse...

Leila devia escolher um macho de verdade.

Anônimo disse...

Conto bem "água com açúcar", hein? hehehe
Abraços! ;-)

Anônimo disse...

Muito legal, gostei muito! Gostei da forma que a história foi narrada, porque os fatos vão se esclarecendo à partir da perspectiva das personagens.. Muito legal isso, pq dá um ar de mistério e a gente passa a conhecer melhor as personagens com o desenrolar da trama.

Me confundi um pouco apenas na parte em que o Ruy está pensando... só depois de um tempo pude perceber que era ele, tem uma parte que eu acho que o tempo verbal está equivocado, então isso confunde o resto do texto.

"ao sair da FEBEM reencontrou o Cale..." aqui não seria "reencontrei o Cale" ou ainda, "quando ele saiu da FEBEM nos reencontramos"

não sei, acho que se alguns trechos estivessem em primeira pessoa nessa parte ficaria mais fácil perceber que quem esta narrando a história é o Ruy.

Mas isso é só um pequenino detalhe, no mais, gostei muito mesmo! Parabéns aos 3!

bjs,

*** I.C *** ** The One ** disse...

Muitobom o Conto... Cheio de palavrões e tal... Muito suburbano... Gostei ^^